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especial de dia das mães


Tem alguém que se preocupa mais com a gente do que nossa mãe? Muitos dirão que não. Mãe é aquela que nos carrega cerca de 9 meses na barriga, criando um laço inquebrantável conosco; depois, nos toma no colo e, acompanha todo nosso desenvolvimento. Helena, mãe da Denise, nos conta um pouco sobre a relação entre as duas. Confira:


1.Você pode me contar um pouco sobre sua filha e como é a sua rotina diária junto com ela?

Ela tem atividades no Projeto de Trabalho Integrado na Escola Paulicéia, ela já está há muitos anos, e vai todos os dias.  Lá ela faz pilates, ginástica, artes... com o objetivo de se desenvolver mais No mais, ela está sempre comigo, me ajuda na cozinha, a lavar e pendurar roupas etc.





Denise com sua mãe Helena

2. Quais foram os maiores desafios que você enfrentou desde o diagnóstico de

sua filha?

Na época de seu nascimento, não se tinha um diagnóstico, tampouco se falava em terapia ocupacional, fonoaudiologia. De 2 meses a 8, ela teve convulsões, conseguimos debelar, mas isso fez um “muro” na cabeça dela, impedindo-a, inclusive de ser alfabetizada.

Posteriormente, busquei saber mais sobre sua situação e me respondiam que era tarde para se atribuir um diagnóstico 

De uns anos para cá, começou a se falar em autismo, e a Denise se insere nesse contexto.  



3. Como foi o processo de aceitação e adaptação da família à deficiência à deficiência de sua filha?

Graças a Deus, ela foi bem aceita pela família. Ela é minha primogênita, tenho mais dois filhos e quatro netos. Sou rotariana (uma espécie de “clube” de voluntários, em nível internacional, que busca auxiliar as pessoas), e ela está participa, junto comigo, das reuniões. 

Ela verbaliza muito pouco, mas quando as pessoas falam com ela, a Denise responde do jeito dela.


4. Como sente que a sociedade e as instituições públicas oferecem suporte adequado para as necessidades de sua filha? O que poderia ser melhorado?

Na faixa etária que a Denise está nos preocupamos com seu futuro. Ela, assim como muitos outros estão envelhecendo, o governo poderia oferecer residenciais para esse público. 

Junto com outros pais da Escola Paulicéia, compramos uma propriedade, e a transformamos em moradia para nossos filhos. A Denise tem seu quarto lá, porque quando eu não estiver mais aqui, apesar dos seus irmãos e sobrinhos, quis assegurar que ela teria um local para viver e assistência.


5. Pode compartilhar alguma conquista ou momento especial que te fez sentir muito orgulhosa de sua filha?

Eu me sinto muito orgulhosa, quando ela participa de atividades do Rotary,  e também,  me  ajuda nas tarefas domésticas.


6. Por que escolheu colocar sua filha no Chaverim?

Senti a necessidade de que ela participasse de um grupo da coletividade judaica, e que tivesse mais amigos. Quem me estimulou muito a colocá-la no Chaverim foi a mãe do Elias.


7. Quais conselhos daria para outras mães que estão começando a lidar com diagnóstico de deficiência intelectual ou psicossocial de seus filhos?

As mães que tem filhos especiais, aconselho a desde cedo lutarem muito por eles para que se desenvolvam. 


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